Eventos no Rio movimentam comércio formal e informal

Ayrton Mandarino Seg 26 Abr 2010, 9:40 pm

Os eventos internacionais não param de ancorar no Rio de Janeiro e muitas vezes geram a expectativa de uma receita extra tanto para o comércio legal quanto para o informal. O GP Brasil Class 1 de Motonáutica que foi disputado em abril na Baia de Guanabara e o Red Bull Air Race que ocorrerá em maio, alimentam tipos diferentes de negócios e mostram realidades e resultados distintos.
A Churrascaria Porção Rios, que fica posicionada em frente local dos eventos, teve seu número de reservas ampliados em 15% no evento dos barcos, se comparados a um fim de semana comum.
Segundo o assessor de comunicação da casa, Roberto Gomes, a churrascaria se preparou para absorver a demanda das próprias equipes do evento, além é claro, de aguardar a presença de cariocas e turistas que reservaram lugar no horário das provas. “A casa se preparou para um movimento 20% superior e definimos que abriríamos às 11h30 e não ao meio dia, como de costume”, afirma Gomes
A cem metros da churrascaria, fica a barraquinha do árabe Emir Fayad que vende cerveja, refrigerante, coco e salgados em frente ao Monumento Estácio de Sá. Emir tinha a mesma expectativa do pomposo vizinho mas os fatos e o crescimento de receita acabaram sendo bem diferentes.
Emir tem 56 anos e dirige sua barraca naquele ponto há quinze. A vista para o evento e para o Pão de Açúcar é a mesma da churrascaria, já o retorno...
“Esperava um movimento maior já na tarde de sexta e o que ocorreu está muito aquém do que me preparei. Comprei e estoquei mercadorias para esse evento mas não chegou nem perto do que esperava” , conta Emir.
Curiosamente, os dois estabelecimentos mantêm as mesmas esperanças de faturar mais com o evento dos aviõezinhos. De acordo com Jonh Herbert Rodrigues, garçon do Porção Rios há 10 anos, os organizadores do Red Bull Air Race, que ocorrerá nos dias 7, 8 e 9 de maio, já reservaram com exclusividade o restaurante inteiro pelos três dias de competição. Nem Jonh, nem Gomes quiseram dizer o valor do negócio.
Já Emir, garante: “Os aviõeszinhos são mais atrativos que os barcos e levam ais gente que consome para a orla. Estou mais otimista.”