Equipe feminina de rugby chama atenção nas areias de Ipanema

‘’É handebol?’’, perguntou um senhor que passava pela praia. ‘’Não. É rugby’’, respondeu um jovem. Até aí dá pra ter uma noção do quanto o esporte não é nada conhecido em terras tupiniquins. Os treinos, que acontecem todas as quartas às 20h e domingos às 18h, em Ipanema, no posto oito, acabaram se tornando uma vitrine para o esporte.

Lara Meyer, que joga há três anos no Rio Rugby, conta que curiosos são muito freqüentes: ‘’A gente fica brincando dizendo que treinamos com platéia, várias pessoas param e perguntam o que estamos fazendo’’. Ainda mais quando se trata do time feminino, Lara comenta que as pessoas chegam a dizer que é um esporte muito masculino: ‘’É claro que sofremos mais por ser um esporte de contato, mas não chega a ser violento’’ argumenta.

Assim como o futebol americano, o rugby também é jogado com a bola oval, porém com algumas diferenças. ‘’Além de ser mais contínuo, no rugby você só pode passar a bola para trás, diferentemente do futebol americano que é cheio de fases. Pessoas que não conhecem acabam achando que é a mesma coisa’’, explica Lara.

Pouca gente sabe, mas a seleção brasileira feminina de rugby sevens ostenta o título de pentacampeã sulamericana. O rugby sevens, modalidade também das meninas do Rio Rugby, é uma variação do rugby tradicional. No sevens, as equipes jogam com sete jogadores em cada time, e os tempos são também de sete minutos. Já no tradicional, cada equipe conta com quinze jogadores e tempos de quarenta minutos.

Menos estruturado que o time masculino, a equipe feminina do Rio Rugby está atualmente sem patrocínio: ‘’Ninguém sabe que existe rugby feminino no Brasil'', desabafa a atleta.

Foto:
http://yfrog.com/5f501ewj (A equipe feminina do Rio Rugby. Hannah,Prix, Cecilia and Kimmy superior. Lara, Charlotte and Rhia inferior)
http://yfrog.com/5atacklej (Jogo contra a equipe adversária Niterói Rugby)