Campanha política à carioca

As eleições são só em outubro mas, na Zona Sul do Rio, a população já está animada. Contrariando a máxima que diz que religião, futebol e política não se discutem em mesa de bar, as campanhas para o diversos candidatos já começou. O clássico chope "garotinho", servido em um copo menor do que a tulipa e ideal para o calor que tem feito na cidade, porque não esquenta tanto, tem sido o foco das manifestações partidárias ao governo do estado.

- "As pessoas têm vindo aqui e pedido um 'gabeirinha'. Argumentam que o Garotinho - o político, não o chope - é ladrão e deveria estar preso. Quase todos nós já aderimos à campanha. Agora quando alguém pede um garotinho, a gente diz logo: garotinho não, um gabeirinha é melhor!" - conta Thiago, garçom do Espírito do Chope, na Cobal do Humaitá.

Já nos bares da rede Belmonte, o pedido de mudança do nome do chope já foi ouvido nas filiais da Urca e do Flamengo. No Flamengo, a disputa está acirrada. Há quem peça gabeirinha, há quem peça cabralzinho. No bar da Urca, o cabralzinho tem ganho as intenções de voto.

- "Ainda não apareceu gabeirinha por aqui não, mas já tem umas três semanas que os clientes começaram a mudar o nome do chope. Acho que essa moda vai pegar pela cidade" - prevê um garçom da filial, que preferiu não ser identificado.

Para quem acha que brasileiro não quer saber de política, essa é uma prova de que existem diversas formas de se envolver com as eleições do fim do ano. E o carioca, que é conhecido como o povo mais criativo do mundo, já inventou um jeito de fazer política à sua maneira.