Monumentos são alvos prediletos de pichadores cariocas
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Monumentos são alvos prediletos de pichadores cariocas
Prefeitura lança programa antipichação após vandalismo no Cristo Redentor e já recebe até ajuda de grupos de pichadores para a limpeza urbana
Diversos monumentos que fazem parte da história e da cultura da Cidade do Rio são alvos prediletos de pichadores. Quem anda pelas ruas da capital pode ver por todas as partes as marcas do vandalismo em estátuas como a do poeta Carlos Drumond de Andrade, em Copacabana, e a do líder da resistência negra, Zumbi dos Palmares, no Centro, por exemplo. O episódio mais polêmico foi a recente pichação no Cristo Redentor feita por dois jovens, Paulo Souza dos Santos, de 28 anos, e Edmar Batista de Carvalho, de 24.
Segundo Paulo, a intenção dele era apenas fazer um protesto sobre pessoas desaparecidas, e disse que não tem nada a ver com outras pichações na cidade. Os autores se entregaram à Polícia e ajudaram na limpeza do monumento.
O vandalismo só foi descoberto no dia 15 do mês passado, quando o Prefeito Eduardo Paes e a Ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, foram inspecionar as obras de restauração e os trabalhos de liberação de acesso ao Cristo, após as chuvas ocorridas na primeira semana de abril, que resultaram na morte de 68 pessoas somente na capital. Em todo o estado, 417, de acordo com o Corpo de Bombeiros.
O Cristo Redentor é considerado uma das sete maravilhas do mundo moderno, e também é um dos cartões postais da cidade. Por causa disso, a agressão ao monumento repercutiu internacionalmente.
Foi perguntado à Secretaria de Estado de Esporte e Lazer (SETE) o número de monumentos que existem na cidade e outras questões sobre depredação de patrimônios públicos:
Opinólogo: Levando-se em conta que o Rio sediará a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016, qual a imagem da cidade após as pichações no Cristo Redentor?
SETE: A pichação do Cristo, felizmente, não abalou a imagem do Rio de Janeiro porque as Secretarias (Turismo e Segurança) agiram rapidamente.
Opinólogo: Qual o principal dever da população carioca em relação ao seu patrimônio?
SETE: A população tem que ser a primeira a cuidar da conservação tendo consciência e amando a sua cidade.
Opinólogo: Existe algum tipo de trabalho voluntário para a conservação dos monumentos?
SETE: Desconheço algum trabalho voluntário.
Opinólogo: Onde a população pode denunciar crimes de vandalismo?
SETE: Vandalismo pode e deve ser denunciado ao Disque Denúncia no telefone 22531177.
Opinólogo: Quantos monumentos têm a Cidade do Rio?
SETE: É impossível quantificar os pontos turísticos do Estado. As atrações e os pontos turísticos estão espalhados pelas regiões turísticas do Estado (Costa do Sol,Costa Verde, Serra Verde Imperial, Agulhas Negras, Vale do Café, Rio e Niterói). A mesma coisa em relação a zona Sul, não temos como quantificar. Alguns exemplos: Corcovado, Pão de Açúcar, Praias: Grumari, Copacabana e outras.
“O Rio tem um prejuízo anual médio de R$ 700 mil para limpar as pichações em monumentos e praças. O valor seria suficiente para reformar 30 praças”. Informou o Secretário de Conservação e Serviços Públicos, Carlos Roberto Osório.
No dia 30 do mês passado, a Prefeitura do Rio lançou o programa Antipichação, que irá identificar e reprimir os pichadores de monumentos da cidade. Foi comprado um novo equipamento de limpeza, que remove piches com jatos de gelo seco, que não utiliza água, não gera umidade e nem resíduos. Ainda, de acordo com o órgão, o programa teria início com a remoção de sujeitas no Túnel Novo, em Botafogo, sentido Copacabana.
No dia 12 deste mês foi realizada mais uma etapa do programa Desta vez, a limpeza do Parque das Crianças, no Aterro do Flamengo, que contou com a participação voluntária de 11 dos 20 ex-pichadores que se ofereceram para ajudar. O grupo está sendo supervisionado pela Companhia Municipal de Limpeza Urbana (Comlurb).
Um estudo divulgado pelo site de psicologia da Universidade de São Paulo (USP) sobre o perfil de pichadores diz que os autores geralmente são do sexo masculino, na faixa de 17 a 26 anos, e moradores de periferias das grandes cidades. O ato de pichar se trataria de uma subcultura vinculada ao movimento hip hop. Este tipo de vandalismo seria uma manifestação do modo de expressão de tais jovens com a sociedade, na busca por uma identidade.
Ainda, de acordo com o estudo, a pichação na sociedade contemporânea se confunde com a grafitagem, que tem finalidades políticas e ideológicas.
Sem dúvidas o incidente ocorrido no Cristo serviu para chamar a atenção não só das autoridades, como também de grupos de pichadores que estão percebendo a importância de preservar os monumentos da cidade. A conservação dos patrimônios cariocas só traz lucros: primeiro, porque o dinheiro usado para a manutenção dos mesmos poderá ser usado em outras coisas; segundo, porque contribui para o turismo e a boa imagem do Rio.
Imagens/fotos: 1) do poeta Carlos Drumond de Andrade, sentado, em Copacabana. Alvo de constantes depredações.
2) A parede próxima à entrada do Parque do Flamengo cheia de riscos em tinta preta.
3) A imagem do Cristo Redentor pichada. O local estava em obras para reformas.
Fontes:
http://www.rio.rj.gov.br/web/guest/exibeconteudo?article-id=743034
http://oglobo.globo.com/rio/mat/2010/04/15/cristo-redentor-foi-pichado-com-assinaturas-inscricoes-de-protesto-916350814.asp
http://scielo.bvs-psi.org.br/scielo.php?pid=S1678-51772008000300002&script=sci_arttext&tlng=pt
http://noticias.terra.com.br/brasil/noticias/0,,OI4384635-EI5030,00-Policia+investiga+pichacao+do+Cristo+Redentor.html
http://www.estadao.com.br/noticias/cidades,limpeza-das-pichacoes-no-cristo-deve-ser-concluida-em-duas-semanas,540374,0.htm
Diversos monumentos que fazem parte da história e da cultura da Cidade do Rio são alvos prediletos de pichadores. Quem anda pelas ruas da capital pode ver por todas as partes as marcas do vandalismo em estátuas como a do poeta Carlos Drumond de Andrade, em Copacabana, e a do líder da resistência negra, Zumbi dos Palmares, no Centro, por exemplo. O episódio mais polêmico foi a recente pichação no Cristo Redentor feita por dois jovens, Paulo Souza dos Santos, de 28 anos, e Edmar Batista de Carvalho, de 24.
Segundo Paulo, a intenção dele era apenas fazer um protesto sobre pessoas desaparecidas, e disse que não tem nada a ver com outras pichações na cidade. Os autores se entregaram à Polícia e ajudaram na limpeza do monumento.
O vandalismo só foi descoberto no dia 15 do mês passado, quando o Prefeito Eduardo Paes e a Ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, foram inspecionar as obras de restauração e os trabalhos de liberação de acesso ao Cristo, após as chuvas ocorridas na primeira semana de abril, que resultaram na morte de 68 pessoas somente na capital. Em todo o estado, 417, de acordo com o Corpo de Bombeiros.
O Cristo Redentor é considerado uma das sete maravilhas do mundo moderno, e também é um dos cartões postais da cidade. Por causa disso, a agressão ao monumento repercutiu internacionalmente.
Foi perguntado à Secretaria de Estado de Esporte e Lazer (SETE) o número de monumentos que existem na cidade e outras questões sobre depredação de patrimônios públicos:
Opinólogo: Levando-se em conta que o Rio sediará a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016, qual a imagem da cidade após as pichações no Cristo Redentor?
SETE: A pichação do Cristo, felizmente, não abalou a imagem do Rio de Janeiro porque as Secretarias (Turismo e Segurança) agiram rapidamente.
Opinólogo: Qual o principal dever da população carioca em relação ao seu patrimônio?
SETE: A população tem que ser a primeira a cuidar da conservação tendo consciência e amando a sua cidade.
Opinólogo: Existe algum tipo de trabalho voluntário para a conservação dos monumentos?
SETE: Desconheço algum trabalho voluntário.
Opinólogo: Onde a população pode denunciar crimes de vandalismo?
SETE: Vandalismo pode e deve ser denunciado ao Disque Denúncia no telefone 22531177.
Opinólogo: Quantos monumentos têm a Cidade do Rio?
SETE: É impossível quantificar os pontos turísticos do Estado. As atrações e os pontos turísticos estão espalhados pelas regiões turísticas do Estado (Costa do Sol,Costa Verde, Serra Verde Imperial, Agulhas Negras, Vale do Café, Rio e Niterói). A mesma coisa em relação a zona Sul, não temos como quantificar. Alguns exemplos: Corcovado, Pão de Açúcar, Praias: Grumari, Copacabana e outras.
“O Rio tem um prejuízo anual médio de R$ 700 mil para limpar as pichações em monumentos e praças. O valor seria suficiente para reformar 30 praças”. Informou o Secretário de Conservação e Serviços Públicos, Carlos Roberto Osório.
No dia 30 do mês passado, a Prefeitura do Rio lançou o programa Antipichação, que irá identificar e reprimir os pichadores de monumentos da cidade. Foi comprado um novo equipamento de limpeza, que remove piches com jatos de gelo seco, que não utiliza água, não gera umidade e nem resíduos. Ainda, de acordo com o órgão, o programa teria início com a remoção de sujeitas no Túnel Novo, em Botafogo, sentido Copacabana.
No dia 12 deste mês foi realizada mais uma etapa do programa Desta vez, a limpeza do Parque das Crianças, no Aterro do Flamengo, que contou com a participação voluntária de 11 dos 20 ex-pichadores que se ofereceram para ajudar. O grupo está sendo supervisionado pela Companhia Municipal de Limpeza Urbana (Comlurb).
Um estudo divulgado pelo site de psicologia da Universidade de São Paulo (USP) sobre o perfil de pichadores diz que os autores geralmente são do sexo masculino, na faixa de 17 a 26 anos, e moradores de periferias das grandes cidades. O ato de pichar se trataria de uma subcultura vinculada ao movimento hip hop. Este tipo de vandalismo seria uma manifestação do modo de expressão de tais jovens com a sociedade, na busca por uma identidade.
Ainda, de acordo com o estudo, a pichação na sociedade contemporânea se confunde com a grafitagem, que tem finalidades políticas e ideológicas.
Sem dúvidas o incidente ocorrido no Cristo serviu para chamar a atenção não só das autoridades, como também de grupos de pichadores que estão percebendo a importância de preservar os monumentos da cidade. A conservação dos patrimônios cariocas só traz lucros: primeiro, porque o dinheiro usado para a manutenção dos mesmos poderá ser usado em outras coisas; segundo, porque contribui para o turismo e a boa imagem do Rio.
Imagens/fotos: 1) do poeta Carlos Drumond de Andrade, sentado, em Copacabana. Alvo de constantes depredações.
2) A parede próxima à entrada do Parque do Flamengo cheia de riscos em tinta preta.
3) A imagem do Cristo Redentor pichada. O local estava em obras para reformas.
Fontes:
http://www.rio.rj.gov.br/web/guest/exibeconteudo?article-id=743034
http://oglobo.globo.com/rio/mat/2010/04/15/cristo-redentor-foi-pichado-com-assinaturas-inscricoes-de-protesto-916350814.asp
http://scielo.bvs-psi.org.br/scielo.php?pid=S1678-51772008000300002&script=sci_arttext&tlng=pt
http://noticias.terra.com.br/brasil/noticias/0,,OI4384635-EI5030,00-Policia+investiga+pichacao+do+Cristo+Redentor.html
http://www.estadao.com.br/noticias/cidades,limpeza-das-pichacoes-no-cristo-deve-ser-concluida-em-duas-semanas,540374,0.htm
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